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Linguagista

Sobre «ciclostilo» e derivadas

Mas temos outras

 

 

    «Essa mesma versão circulou ciclostilada em vários documentos editados na clandestinidade. Depois do 25 de Abril, foi publicada em Os Comunistas. Bento Gonçalves, Porto, Opinião, 1976. Há outra versão oriunda em diferente tradução (?)» (Álvaro Cunhal: Uma Biografia Política, o Jovem Revolucionário, 1913-1941, José Pacheco Pereira. Lisboa: Temas e Debates, 1999, p. 117).

      Via-se dantes com alguma frequência, muito mais do que ciclostilo ou ciclostilar. «Ciclostilo», embora grego, vem do inglês cyclostyle. Não será por isso que não está nos dicionários, evidentemente. Só vejo registado «ciclostilo» («aparelho ou instrumento para tirar cópias sucessivas, por gravação») no Aulete. O dicionário da Real Academia Espanhola explica melhor: «Aparato que servía para copiar muchas veces un escrito o dibujo por medio de una tinta especial sobre una plancha gelatinosa.» No Dicionário Inglês-Português da Porto Editora vemos a tradução: «copiógrafo». E, claro, temos policópia, policopiar.

 

  [Texto 3183] 

Depois das «maturidades»

Sem remédio

 

 

       «A Autoridade da Concorrência não se opõe à fusão entre a Zon e a Optimus (do mesmo grupo do PÚBLICO) desde que sejam observados vários remédios» («Fusão Zon/Optimus», Público, 15.08.2013, p. 17). Usa-se agora muito o termo «remédio» (e sempre no plural) a propósito deste caso, e eu pergunto a mim mesmo se não é outra tal como as «maturidades». Acho que sim, que é mais um anglicismo semântico: «the legal means to recover a right or to prevent or obtain redress for a wrong» (Merriam-Webster).

 

  [Texto 3182]

Quádruplo, desta vez

A língua da abundância

 

 

      O português é, lembra-nos de vez em quando Montexto, duplo. Pelo menos, mas por vezes pode ser quádruplo: avantesma, abantesma, aventesma, abentesma. Talvez a mais usada seja a primeira variante, mas agora, num texto que estou a rever, o autor usou várias vezes «aventesma».

 

  [Texto 3181]