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Linguagista

«Os Gibbses»

No prelo

 

 

      «Foi há mais de trinta anos que os Gibbses estudaram pela primeira vez o EEG de pacientes com enxaqueca (cf. Gibbs e Gibbs, 1941), e a literatura sobre o tema é hoje muito vasta e inconclusiva.» Este tradutor não ignora a regra na língua portuguesa. Para mais, basta copiar o original. Há coisa mais fácil? Um dia todos saberão, não é, Teresa?

 

  [Texto 3272]

«Farrobodó» ou «forrobodó»?

Nada de novo

 

 

      Alguém me disse que Shyznogud, no Jugular, chamou por mim. Como foi ontem à noite, ainda não correu muito sangue. A questão é simples: «Há cerca de um mês, aquando da instalação de Paulo Portas no Palácio dos Condes de Farrobo, vi surgir na imprensa uma palavra para mim desconhecida: farrobodó. Toda a minha vida disse – e escrevi – forrobodó e estranhei a grafia que foi, amiúde, acompanhada de uma explicação similar à surgida na Visão [...] Não tenho outros dicionários à mão para verificar se esta ausência de “farrobodó” é geral e se há outra etimologia proposta.»

      Comecemos pelo fim: não percamos tempo com a etimologia, matéria não poucas vezes do domínio das suposições e da fantasia. O que se sabe ao certo é que a palavra não era conhecida antes do fim do século XIX. Conheço apenas um dicionário de sinónimos que regista a variante «farrobodó». No entanto, na larga maioria das vezes, foi esta forma que ouvi na boca do falante comum e não faltam exemplos na literatura. Aquilino, por exemplo, talvez não use nunca a variante «forrobodó», mas apenas «farrobodó». Para mim, são verdadeiras variantes, que uso indiferentemente.

 

 

  [Texto 3271]