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Linguagista

Becas e togas

Mais uma vez

 

 

      «Se os deputados não sabem falar claro, frequentem os cafés. O cidadão comum que se chega ao balcão já sabe o “espírito” daquilo que quer. Então, pede uma bica cheia ou curta, um abatanado, garoto ou carioca. E o cidadão do outro lado entende-o. Aprendam, deputados. Quem passa a vida a discursar com pompa, não pode estar sempre a precisar de tipos de toga a traduzi-lo» («Os dinossauros podem emigrar», Ferreira Fernandes, Diário de Notícias, 6.09.2013, p. 56).

      Os «tipos de toga» são, para Ferreira Fernandes, os juízes do Palácio Ratton. É confusão já antiga, arreigada, de Ferreira Fernandes. Faz três anos na próxima quinta-feira que lho disse no Assim Mesmo, mas ou não leu, ou não concorda, ou esqueceu-se. Mais uma vez: os juízes do Tribunal Constitucional usam beca. E não é apenas o nome que difere — as próprias peças de vestuário são diferentes.

 

  [Texto 3275]