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Linguagista

«Misse»

Aprovado

 

 

      «Sou culpada e tem que ver com o meu início, quando era locutora tinha de ser simpática. Quando fui para informação pensei que como jornalista tinha de ser a antítese. Agora sou outra coisa, descolei-me dessa imagem simpática, não tenho de ser a misse simpatia. Adotei um estilo, mas continuo a ser a mesma pessoa», disse Manuela Moura Guedes em entrevista à Notícias TV (6 a 12 de Setembro de 2013, p. 12). É raríssimo ver este aportuguesamento, que até está registado em alguns dicionários, como no Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora.

 

  [Texto 3278]

Não é «triologia»!

Olhos e ouvidos bem abertos

 

 

      «“Ele [Rui Sinel de Cordes] joga muito FIFA, mas também gosta de jogos de estratégia e máfia. A mesma coisa no cinema. Aliás, em cima da mesa da sala de estar tem um grande livro da triologia do Padrinho”, conta o amigo Vasco Duarte, mais conhecido como Falâncio, dos Homens da Luta» («O ‘Don Juan’ vaidoso que cozinha pratos extravagantes», Marlene Rendeiro, Notícias TV, 6 a 12 de Setembro de 2013, p. 39).

      Alguém — ou Marlene Rendeiro ou Falâncio — falhou redondamente. Ao conjunto de três obras literárias unidas por um tema comum dá-se o nome de trilogia. Em último caso, de qualquer modo, o erro é da jornalista.

 

  [Texto 3277] 

Mude-se a gramática

Para quem é

 

 

      As vendas de bacalhau aumentaram cinco por cento nos primeiros seis meses deste ano. A Ribeiralves, por exemplo, que tem a maior fábrica do mundo de transformação de bacalhau, contratou mais 40 pessoas para poder satisfazer uma encomenda. Vai daí, João Alves, empolgado, dá um pontapé na gramática: «O bacalhau coloca-se em todos os países onde hajam portugueses. Se houver portugueses, o bacalhau consome-se. Se não houver portugueses, nem tanto.»

 

  [Texto 3276]