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Linguagista

«Rua du Bac», por exemplo

É só não ceder

 

 

      «Como pudera ele cumprir a sua função desde a quinta de Argelouse até ao terceiro andar dum prédio antigo da rua du Bac?» (O Fim da Noite, François Mauriac. Tradução de Cabral do Nascimento. Lisboa: Estúdios Cor, 1957, p. 12).

      E não, como se vê mais vezes do que é normal, «rue du Bac». Ou avenue, ou street, ou calle... Sim, é verdade que é tolice dos tradutores, mas nós também temos, essa é que é essa, culpas no cartório.

 

  [Texto 3319]

E o advérbio «incontinente»?

Sem perda de tempo

 

 

      «O mais assisado era regressar incontinente a Saint-Clair, antes que Jorge soubesse daquela viagem sinistra» (O Fim da Noite, François Mauriac. Tradução de Cabral do Nascimento. Lisboa: Estúdios Cor, 1957, p. 46).

      Este advérbio, lembrar-se-ão, já passou aqui pelo Linguagista. Mas esperem... O Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora não sabe de nenhum advérbio assim. Regista apenas «incontinentemente». Demasiadas letras.

 

  [Texto 3318]

Léxico: «mestre-de-capela»

Juntem-lhes este

 

 

      O compositor e musicólogo espanhol do século XVI Diego Ortiz foi mestre-de-capela ou mestre de capela? O Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora tem vários mestres — mestre-cuco, mestre-de-cerimónias, mestre-de-obras, mestre-escola, mestre-sala —, mas não «mestre-de-capela». Além destes, Rebelo Gonçalves regista mais três vocábulos compostos com «mestre» como primeiro elemento no seu Vocabulário da Língua Portuguesa, todos com hífen.

 

  [Texto 3317]