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Linguagista

A importância do imperfeito

Incompreensível

 

 

      «Je sortais d’un théâtre.» Assim começa Sylvie, de Gérard de Nerval, incompreensivelmente ainda sem tradução portuguesa. Gostava de a ver traduzida por Pedro Tamen ou por Mega Ferreira, por exemplo. Em nota de rodapé em certa obra, Eco afirma: «Infelizes as línguas que não têm imperfeito e se esforçam por dar este incipit nervaliano.» É o caso do inglês, língua em que já se fizeram várias traduções daquela obra.

 

  [Texto 3477]

Ortografia: «sub-reptício»

Sub-repticiamente

 

 

      E porque será que tanta gente erra na ortografia desta palavra e do advérbio? Não sei. O que sei é que o Acordo Ortográfico de 1945 previa explicitamente que se devia usar hífen nos «compostos formados com o prefixo sub, ou com o seu paralelo sob, quando o segundo elemento começa por b, por h (salvo se não tem vida autónoma: subastar, em vez de sub-hastar), ou por um r que não se liga foneticamente ao b anterior». Da leitura do acordo de 1990 não se chega a nenhuma conclusão sobre esta questão.

 

  [Texto 3476]