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Linguagista

Léxico: «umbiguista»

Ele é assim

 

 

      «Herman é Herman. Por vezes, blasé, por vezes aburguesado, por vezes, umbiguista, mas sempre interessante na forma como cavalga a atualidade, mordaz na forma como constrói as suas personagens, certeiro na escolha dos atores que chama para si» («O fim de um ciclo», Nuno Azinheira, Diário de Notícias, 22.11.2013, p. 52).

      Está apenas, tanto quanto pude comprovar, no Aulete: «contemplativo, indolente, que leva a vida a olhar para o próprio umbigo». Já o vi em autores portugueses.

 

  [Texto 3575]

Como se escreve nos jornais

«Seria aqui que seria»?

 

 

      «Seria aqui que Carlsen seria “descoberto” por Simen Agdenstein, o seleccionador norueguês, que na sua época chegara a integrar o top 50 mundial e que, curiosamente, também pertencera à selecção principal de futebol» («Aos 22 anos, Magnus Carlsen é o novo campeão mundial», Jorge Guimarães, Público, 23.11.2013, p. 49).

 

  [Texto 3574]

Avaliação dos professores

Zeros na composição

 

 

      «Aquela é também a posição do presidente da Associação Nacional dos Professores Contratados (ANVPC), César Israel Paulo. Diz que é uma prova que consta de “rasteiras”, “baseada numa lógica matemática que não é dominada por excelentes professores”. Também teme que a obrigatoriedade de respeitar o novo acordo ortográfico resulte em zeros na composição» («Modelo da prova de avaliação para professores causa indignação», Bárbara Wong e Graça Barbosa Ribeiro, Público, 23.11.2013, p. 7).

      É também a minha previsão. Mas Paulo Guinote tem uma estratégia: «“Um conselho: na composição não usem palavras difíceis, nada que levante dúvidas em relação à forma como se escreve segundo o Acordo”, oferece Paulo Guinote, autor do blogue Educação do Meu Umbigo e professor de História. Diz que aquela é a única dificuldade que a prova, “completamente apatetada”, pode levantar. Sobre o exemplo da composição, garante que já pediu “coisas mais difíceis aos alunos do 9.º ano”; em relação a algumas questões de escolha múltipla afirma que está em causa “um nível de literacia funcional exigível a crianças do 6.º ano”.» Não usar palavras difíceis... Isso é se os professores soubessem quais são essas palavras difíceis. Aquela professora, com vinte anos de ensino, que numa acção de formação sobre o novo acordo ortográfico escreveu, segura de si, «adatando-os», não superaria essa prova elementar.

 

  [Texto 3573]