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Linguagista

Sobre «spam»

É verdade

 

 

      «A base dos fritos empapados em gordura era uma pasta pré-cozinhada de carne de porco e cor rosada chamada Spam. Ao lado, um puré de batata de pacote, de preferência com muitos grumos, e por cima um líquido viscoso castanho a que se convencionou chamar molho. E, sim, a palavra spam para indicar correio electrónico insistente e não desejado tem que ver com o Spam dos almoços escolares e com um sketch dos Monty Python passado num café de qualidade duvidosa em que todos os pratos do menu incluem Spam — qualquer coisa como “ovo, bacon, salsicha e Spam; Spam, bacon, salsicha e Spam; Spam, ovo, Spam, Spam, bacon e Spam; Spam, Spam, Spam, ovo e Spam”, e por aí fora, terminando numa lagosta Thermidor com... Spam» («Regresso aos anos 70», Alexandra Prado Coelho, «2»/Público, 24.11.2013, p. 12).

 

  [Texto 3578]

Futuro da língua portuguesa

E nós acreditamos

 

 

    «O Português foi considerado como um dos 10 idiomas estrangeiros mais importantes nos próximos 20 anos no Reino Unido, segundo um estudo [«Languages for the Future»] do instituto British Council, divulgou ontem o Instituto Camões» («Português língua de futuro», Metro, 22.11.2013, p. 3).

     O futuro do português está nas Ilhas Britânicas, pois claro; cá, nem já sabem pontuar.

 

  [Texto 3577]

Sobre «inteligência»

Melhor do que интеллигенция

 

 

      «Nunca nenhum deles percebeu que um partido exigia dinheiro: dinheiro para sedes, para funcionários, para telefones, para carros, para propaganda. Pertenciam na maior parte à “inteligência” urbana (à universidade, ao funcionalismo, às profissões “liberais”), não sabiam onde ficava Figueiró dos Vinhos e traziam como toda a bagagem meia dúzia de “ideias”, que não se distinguiam nem pela originalidade, nem pela pertinência. Ao fim de pouco tempo, de umas conversas na “net” e de umas fotografias nos jornais (raramente conseguiam chegar à televisão), arranjavam maneira, quando arranjavam, de se apresentar a eleições que perdiam miseravelmente ou de que extraíam, como o Bloco, uns lugares na Assembleia da República, para vociferar às “massas”» («As fantasias do costume», Vasco Pulido Valente, Público, 24.11.2013, p. 56).

      Parece ser — não liguem às aspas — o que se costuma designar com um termo russo transliterado, intelligentsia, que é o conjunto de intelectuais de um país. Ainda não vejo esta acepção nos dicionários.

 

  [Texto 3576]