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Linguagista

Tradução: «postscript»

Em português não se vende

 

 

      «Saliente-se, no entanto, que já em 1995 HK [Hans Küng] e o seu colega e amigo da Universidade de Tübingen, Walter Jens, crítico literário (falecido este ano, demente), escreveram o que em inglês foi traduzido por Dying with Dignity. A 
Plea for Personal Responsability. No último parágrafo desse “apelo”, num Postscript em torno da encíclica Evangelium Vitae, HK concluía: “Podemos expressar a esperança de que, se não morrermos de morte súbita, possamos deixar este mundo rodeados 
por verdadeiros amigos e com a ajuda de um médico compreensivo, em serenidade e confiança, em gratidão e tranquila expectativa”» («Um teólogo que optará pelo suicídio?», Laura Ferreira dos Santos, Público, 31.12.2013, p. 46).

      Leu em inglês, é Postcript; se tivesse lido a edição original, em alemão, estaríamos agora perante um bruto Nachwort. Queremos em português, Prof.ª Laura Ferreira dos Santos, em português. É o quê — epílogo, posfácio?...

 

  [Texto 3749]

«Cozinhados ao vapor»

Cuire à la vapeur

 

 

      «Para passar o tempo, muitos iam tirando fotografias do local onde, dois dias antes, o Presidente Xi Jinping fizera uma rara e inesperada visita pessoal para comer uns bolinhos [de porco] cozinhados ao vapor numa espécie de restaurante de fast-food [sic] chinês» («Visita de Presidente causa filas para provar ‘menu Xi’», Helena Tecedeiro, Diário de Notícias, 31.12.2013, p. 26).

      Eu escreveria «cozinhados no vapor». Os «vegetais» devem ter ido da verde Inglaterra, não é, cara Helena Tecedeiro? «Xi ordered half a dozen steamed buns with a filling of pork and scallion, plus side dishes of vegetables and stewed pork liver and intestine, which cost him 21 yuan ($3.46).»

 

  [Texto 3748]

Bons plurais

Em época de crise

 

 

      «Li algures que os nomes próprios que os pais escolhem para os seus filhos têm uma relação com o ambiente económico que se vive na época em que estes nascem. Épocas de crescimento económico e de grande desenvolvimento, de pleno emprego e de investimentos arrojados, que permitem alimentar grandes esperanças para o futuro, suscitam o aparecimento de
 Júlios Césares, de Alexandres Magnos 
e de nomes de ressonâncias históricas mais nacionais mas sempre com uma predominância de nomes próprios duplos. Épocas de recessão, de desemprego e de pobreza, de retracção e ansiedade, onde o futuro se anuncia preocupante, suscitam o aparecimento de nomes singelos e discretos, prudentes Joões, Marias e Josés» («Mais pobres, mais desiguais, mas sempre à procura do futuro», José Vítor Malheiros, Público, 31.12.2013, p. 43).

 

  [Texto 3747]

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