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Linguagista

Portugal, protectorado?

Embrulha

 

 

      «Na cerimónia oficial que assinalou ontem a restauração da independência, em Lisboa, o antigo líder do CDS [Ribeiro e Castro] afirmou que “a imagem do protectorado é engraçada e sugestiva uma vez; mas é errada se repetida como mote ou estribilho.” Uma crítica que é directa a Paulo Portas, a pouco mais de um mês do congresso do CDS, e onde até agora só o actual presidente é novamente candidato a líder. “Nós não estamos sob protectorado. Isso não é tecnicamente correcto. E, se fosse verdadeiro, seria ainda pior”, afirmou Ribeiro e Castro, voltando a defender a restauração do feriado do 1.º de Dezembro.

      O ex-líder do CDS disse ter aprendido com o seu professor de Direito Público que “o protectorado é uma situação de acordo entre Estados soberanos, em que o ‘protegido’ perde para o ‘protector’ a direcção das suas relações internacionais e de defesa, ficando subordinado à sua esfera, mas mantém instituições próprias e Governo interno”. “Poderíamos dizer que a situação de Portugal é exactamente ao contrário, pois fomos intervencionados não por um Exército, mas pelo Orçamento”, afirmou» («Ribeiro e Castro “dispara” contra Portas», Sofia Rodrigues, Público, 2.12.2013, p. 18).

 

  [Texto 3613]