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Linguagista

Lá longe, no Oregão

E mais uma

 

 

      Vejam aqui uma imagem da Infopédia. Um índio. Reparem na legenda: «Índio americano do Oregão, nos Estados Unidos da América». Sendo assim, ninguém vai estranhar estoutra (no prelo): «Num estudo, no Estado de Oregão (EUA) a diferença entre o sequestro de carbono da floresta e o regional foi de 63 %, com um sequestro anual médio das florestas de 1,97 toneladas de carbono por hectare e por ano.» Já tinha lido este topónimo aportuguesado escassas duas ou três vezes.

 

  [Texto 3644]

«Desporto de contacto»

É assim

 

 

      «O desporto que [Farid Walizadeh] quis treinar quando chegou a Portugal foi o boxe, depois de na Turquia ter praticado kung-fu e taekwondo. Em cinco meses, com a ajuda do treinador Orlando Madaleno, no Clube Desportivo de Arroios, chega a campeão nacional de boxe de cadetes, na faixa etária dos 15 anos. Orlando Madaleno viu logo que era “humilde, inteligente e dedicado”: “Nasceu para o desporto de contacto”, diz, sublinhando que é o primeiro refugiado campeão nacional de boxe em Portugal» («Farid recebe uma distinção, mas queria era a família», Maria João Lopes, Público, 9.12.2013, p. 9).

      Os dicionários abundam nestas incoerências e falhas. O Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora não regista «desporto de contacto»; já no Dicionário de Inglês-Português da mesma editora podemos encontrar contact sport e a tradução, «desporto de contacto».

 

  [Texto 3643]

«Ex cathedra»

Do alto da cadeira

 

 

      Acabo de ler que o Papa Francisco, na exortação apostólica Evangelii Gaudium, não pretendeu expor verdades «ex-cátedra». Tenho a certeza de que não, mas não é desta forma que normalmente se escreve esta locução. É latina, e escreve-se assim: ex cathedra. Podia, sim, podia estar traduzida (como «ex-líbris», por exemplo), mas não é assim que a usamos. Completa é loqui ex cathedra, falar de cadeira. Cadeira ou trono de S. Pedro.

 

  [Texto 3642]

«Sob/sobre»

A confusão de sempre

 

 

      Jornalista Márcia Rodrigues, correspondente em Washington: «Pires de Lima chega aos Estados Unidos com a missão de falar de Portugal, um país que está sobre assistência financeira do FMI, mas que ainda assim quer que as empresas dos Estados Unidos entrem em força no País» (noticiário das 8 da manhã, na Antena 1).

 

  [Texto 3641]