Tradução: «senior diplomat»
Só para reflectirmos
«Como seu emissário junto do aiatola, Vance nomeara Theodore H. Eliot, um diplomata sénior, que havia sido conselheiro económico em Teerão e falava persa fluentemente» (O Voo das Águias, Ken Follett. Tradução de Isabel Nunes e Helena Sobral. Queluz de Baixo: Editorial Presença, 2013, 3.ª ed., p. 166).
Na última década e meia, começou, por influência anglo-saxónica, a usar-se muito entre nós, mas não deixa de ser algo pretensioso e estranho. Apesar do latim. Não sei se «diplomata de alto nível» ou «alto diplomata», como por vezes se ouve e lê, não será melhor. Ou, apesar da subjectividade inerente, «diplomata experiente» (que, sem mais, corresponderia ao inglês practiced diplomat).
Quanto a «persa» («Farsi» no original), em parte a opção ficará a dever-se a não estar registado em todos os dicionários o termo «parse» (ou «pársi»), ou pelo menos a acepção em causa. Para o Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora, é somente o «indivíduo pertencente ao grupo humano dos Parses» e o «partidário da doutrina de Zoroastres seguida pelos Parses». Da língua, nada. O Houaiss, porém, regista-a.
[Texto 3954]