Os mecos e o Meco
Se é desses
«A Praia do Meco, pelas piores razões, tem andado nas bocas do mundo. E não é pela etimologia de Meco que poderá levar-nos à libertinagem que lhe assiste e tem assento em qualquer dicionário da Língua de Camões. A Praia do Meco, sepultura de seis jovens, leva-nos muito mais longe no mundo nacional do desnorte colectivo no que toca à arte de mal marear em terra firme.» Assim começa uma carta à directora do leitor José Amaral (Público, p. 43). Na verdade, é a etimologia de «meco», mas não interessa. Não sei se é um dos escritores profissionais de cartas aos jornais (ou, mais modestamente, ao Público), mas fica já a saber que: «Júlia contou que para se vingar do intolerável Pedrito e das mal toleradas menstruações, decidira ir perder a virgindade nos nudistas da praia do Meco» (Sem Nome, Helder Macedo. Rio de Janeiro: Editora Record, 2006, p. 81).
[Texto 3991]