«Horror vacui»
Cerre-se a cortina
«Horroris vacuum», disse? Sei o que é, mas está errado. Na Internet, vemo-lo escrito, sem surpresa, das mais desvairadas formas. Quem atentar na variedade, o que será inevitável, mas não souber, estará perante um dilema. Se não for um trilema ou... Basta. Não sabe e quer saber. Por exemplo, este artista assevera: «horroris vacuum» foi «o melhor termo encontrado para caracterizar o meu trabalho». Ele lá sabe. Sabe também que significa horror do vazio. Sem preâmbulos, e fazendo a retroversão, temos: «horror» é o nominativo, e por isso, horror; «do vazio» é o genitivo singular, logo, vacui. Recompondo, horror vacui. Não é, porém, apenas a pontuação, a sintaxe, a ortografia que temos de endireitar, também, como no caso, os raciocínios errados, por vezes os próprios factos. Mas disso não vou falar aqui nunca. Cerre-se a cortina. (Agora, uma aposta: em três meses, este post vai ser o mais visto pelos meus leitores brasileiros.)
[Texto 4321]