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Linguagista

O inaudito caso da tigela defeituosa

Plaudite, cives!

 

 

      Sexta edição, e uma «tijela» na primeira página. Não podemos – não na 6.ª edição – culpar o autor. Como não culparíamos o tradutor, se de tradução se tratasse. Culpado só há um: o revisor ou revisores. Só por absoluta incompetência ou subserviência estulta é que se pode deixar passar, uma e outra triste vez, semelhante erro.

 

[Texto 4327]

Hipocorísticos — o que são. Exemplos.

 

Sempre à T., mesmo que não fosse leitora

 

 

É desta

 

 

      Todos na sala têm diminutivo: o Tó, a Nonô, a Mada, a Carol, a Bee (linda menina), a... Esperem. Giz suspenso no ar. É um jogo, mas a professora finge hesitar: será Ticha, Tixa ou Tisha? Aceitam-se apostas: que escreveu a professora? Muito a propósito, pelo que tenho entendido, alguns dos meus estimados leitores brasileiros (que são a maioria) têm, estranhamente, dúvidas sobre o exacto significado de «hipocorístico». Ou querem exemplos, pelo que vejo no registo das pesquisas que fazem. Pois bem, falei sobre hipocorísticos pelo menos meia dúzia de vezes no Assim Mesmo, e o texto mais pedagógico (vês, T.?, pedagógico) foi este.

 

[Texto 4326]

Dobre a finados

 

Sempre à T., afinal leitora de todos os dias

                     

Fórum litúrgico

 

 

      Ajudem quem tanto os ajuda (e espanca – diz-se –, de vez em quando): temos entre os leitores fiéis do Linguagista algum sacristão (duplo plural: sacristãos e sacristães), sineiro ou sacerdote? Uma dúvida que ora me excrucia: há dobre a finados depois do anoitecer? Só isto.

 

[Texto 4325]

As novas onomatopeias

Sempre à T., minha leitora ocasional

                     

Novos sons na paz doméstica

 

 

      Um frigorífico novo. As instruções espraiam-se por 67 páginas. Leio-as de uma assentada ou revejo antes o relatório que aqui tenho à minha frente? Espera, tem aqui uma secção que me interessa sobremaneira. Ruídos normais: brrrrr, é o compressor; blubb, blubb, é o produto de frio nos tubos; click, o termóstato que liga e desliga o motor; sssrrrrr, a corrente de ar no interior; knack, a expansão do material... Já compreendi tudo. Ligo a ficha. O blubb, blubb é o único que se aproxima de uma onomatopeia autêntica (vou reler Saussure).

 

[Texto 4324] 

A quem sirva

Ainda à T., minha leitora ocasional

 

Que farei (quando tudo arde)?

 

 

      E quanto a este abuso do termo «tecnologia», serei a tal ponto caridoso que lhes lembre — neste caso aos autores portugueses — que mais português é «técnica», e que deviam, pelo menos, usar tanto um como outro, para variar um pouco? Farei isso? Ou subscrevo com eles uma petição para que o Instituto Superior Técnico passe a Instituto Superior de Tecnologia?

 

[Texto 4323]

Uma crítica quase sibilina

 

À T., minha leitora ocasional

                     

Entreabre-se a cortina

 

 

    Boa pista de reflexão, esta dada pela alusão à teoria da espiral de silêncio. (Mas com o nome da autora quase irreconhecível, de estropiado que está. Recomenda-se mais cuidado. E se o revisor desse por adquirido que pelo menos nisto ninguém erra e não fosse confirmar?) Em suma, defende a autora da teoria, o não isolamento do indivíduo é mais importante do que sua autonomia de pensamento.

 

[Texto 4322]