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Linguagista

Sobre «pneumonia»

Está doente

 

 

      «Entre Macau e Díli, houve uma paragem em Banguecoque. “Ele partiu de Macau já adoentado. No dia seguinte, quando o vi no hotel, estava com uma pneumonia”, o termo médico para designar uma infeção pulmonar» («O médico dos presidentes», José Pedro Castanheira, Expresso Diário, 11.06.2014).

   No Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora, pode ler-se que «pneumonia» é a «inflamação do parênquima pulmonar produzida por micróbio, em geral o pneumococo». Ora, são conceitos diferentes, e muitas vezes confundidos. Qual a definição mais correcta?

 

[Texto 4706]

Léxico: «ampelográfico»

Muito rara

 

 

    «O trabalho de selecção partiu de apenas oito videiras de cada casta, todas as que existiam na colecção ampelográfica desta estação experimental, nos Arcos de Valdevez» (Rui Sá, Manhã Informativa, RTP, 9.06.2014).

   O que me parece é que o repórter disse «ampliográfica». Ampelográfico, relativo a ampelografia, que é a descrição ou tratado de viticultura.

 

[Texto 4705]

Pronomes pessoais

Ah, também ele...

 

 

      «“Cale-se ahi que vossê é uma regateira; eu não fallo comsigo.” – Filha do arcediago, 37.

      “– Pois então! Cuida que eu me esqueci de si?” – Ibidem, 54.

      “– ..... E eu a pensar em si todos os dias” – Ibidem, 55.

      “– Tal e qual. Que linda ia. Fiquei a pensar em si muitos dias...” – Coração, cabeça e estomago, 211» (A Linguagem de Camilo, Cláudio Basto. Porto: Edição de Maranus, 1927, p. 190).

 

[Texto 4704]

Léxico: «filonazi»

Mais doce

 

 

      «A página da Frente Nacional francesa na internet deixou de incluir o Diário de Bordo do seu fundador, o blogue vídeo em que Jean-Marie Le Pen reúne os seus desabafos e opiniões e onde, recentemente, fez o comentário filonazi sobre os seus críticos. A decisão foi anunciada por Wallerand de Saint-Just, advogado e tesoureiro do partido» («Guerra dos Le Pen põe em causa estratégia de ‘normalização’ da FN», Albano Matos, Diário de Notícias, 11.06.2014, p. 30).

   É neologismo que pouco se vê. Parece, ao contrário de «pró-nazi», qualquer coisa de delico-doce.

 

[Texto 4703]

Ou dislexia?

Não se macem

 

 

      No Programa da Manhã, da Antena 1, António Macedo disse várias vezes «jaracandá». Deve pensar (?) que é semelhante ao par catatua/cacatua, que vimos aqui.  Mandei-lhe uma mensagem de correio electrónico, mas «a caixa de correio do destinatário está cheia e não pode aceitar mais mensagens». Está bem, fica assim.

 

[Texto 4702]