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Linguagista

Agora é Muhammad

Não fica pedra sobre pedra

 

 

      Pouca gente, hoje em dia, prefere Mafoma a Maomé, até porque quase ninguém sabe que este é um galicismo. Nas traduções do inglês, todavia, o que vejo nos últimos tempos é que os tradutores deixam o nome tal qual o encontram, Muhammad. Não se pode afirmar que seja propriamente uma opção, porque deixam em inglês, e cada vez mais, muitas outras palavras.

 

[Texto 4861]

Sobre «brigadeiro»

Tudo amalgamado

 

 

   «O cozinheiro inglês Jamie Oliver foi ao Brasil e num programa televisivo deram-lhe um brigadeiro, doce brasileiro. Bom de boca mas língua assanhada, Oliver decretou: “Porcaria.” E disse bem, os brigadeiros são doces enjoativos e preguiçosos. Basicamente, uma lata de leite condensado levada ao micro-ondas e é para enfardar. […] Outra coisa: o doce porcaria chama-se assim por causa do brigadeiro Eduardo Gomes, oficial da Força Aérea brasileira. Não, no tempo colonial ainda não havia aviação» («Abençoado por Deus mas muito complexado», Ferreira Fernandes, Diário de Notícias, 22.07.2014, p. 48).

    Nos dicionários, é claro, o posto militar e o doce estão no mesmo verbete. Ainda assim, há diferenças de dicionário para dicionário: o Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora dá como étimo «brigada+-eiro»; o Dicionário Aulete, «do fr. brigadier».

 

[Texto 4860]