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Linguagista

«Eclecticismo/eclectismo»

Poupamos uma sílaba

 

 

   «O seu [de Thomas Berger] ecleticismo levou-o a explorar géneros desde o romance policial e ficção científica à mitologia clássica e ao romance utópico» («O veterano de guerra que desmitificou o Oeste americano», Diário de Notícias, 24.07.2014, p. 35). Mais curto e melhor: eclectismo (no caso, ecletismo).

 

[Texto 4865]

Léxico: «erva-patinha»

Bonito nome

 

 

      «Portugal tem condições para se tornar um grande produtor de algas e o Governo está empenhados [sic] em apoiar projetos deste tipo, nomeadamente com verbas europeias. A garantia foi deixada ontem pela ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, que lembrou a importância destes projetos que “criam mais riqueza, acrescentam valor e geram postos de trabalho altamente qualificados”. Em visita à Algaplus, em Ílhavo, onde se produz algas de erva-patinha – espécie de maior consumo a nível mundial, usada no shushi [sic] – em tanques, um processo inovador que vai permitir abastecer continuamente o mercado» («Produção de algas é a nova aposta que nos vira para o mar», Diário de Notícias, 24.07.2014, p. 29).

      É o nori dos Japoneses. O Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora não regista «erva-patinha». Nem nori, valha a verdade, apenas sushi...

 

[Texto 4864] 

Guiné Equatorial

Foram surpreendidos, dizem eles

 

 

      «A adesão da Guiné-Equatorial à Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP) é polémica por várias razões, desde a escassa relevância da língua portuguesa na antiga colónia espanhola às sistemáticas acusações de desrespeito pelos direitos humanos. Aliás, Portugal, embora tendo aceitado a adesão, nunca deixou de manifestar o seu incómodo com todo este processo, consciente das características do regime liderado por Teodoro Obiang desde 1979 e de como mesmo a Espanha, apesar da ligação linguística, mostra prurido no relacionamento com a Guiné-Equatorial» («Continuar a pressionar a Guiné-Equatorial», editorial, Diário de Notícias, 24.07.2014, p. 6).

    Mais um país a falar português, sim senhor... Assim se vê a força do petróleo. Do petróleo não, carago, da língua. Só estranho aquele hífen. Em Guiné-Bissau ou em Guiné-Conacri percebe-se, não neste caso.

 

[Texto 4863]