Têm dias e horas
«A entrada da Guiné Equatorial na Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) fraturou ontem a bancada do PS. No voto de condenação apresentado na Assembleia da República pelo BE devido à adesão do país africano, o líder parlamentar, Alberto Martins, teve 33 deputados ao seu lado, ao passo que outros 33 votaram em sentidos diferentes. Vieira da Silva, Pedro Marques, Laurentino Dias e Odete João optaram pela abstenção, juntamente com as bancadas do PCP e PEV, enquanto outros 29 socialistas decidiram votar a favor do documento apresentado pelos bloquistas, visivelmente incomodados com o “sim” dos países lusófonos ao regime liderado desde 1979 por Teodoro Obiang» («Guiné Equatorial divide bancada do PS», Octávio Lousada Oliveira, Diário de Notícias, 26.07.2014, p. 9).
«Líder», «liderado» e no resto do artigo ainda há «líderes». Nada que se compare, é claro, com as 133 (!) ocorrências de palavras da mesma família que vi recentemente num livro... E, como podem ver, a Guiné Equatorial hoje já perdeu o hífen. Pelo menos neste artigo, porque no DN ainda há a liberdade de escrever bem e de escrever mal.
[Texto 4871]