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Linguagista

Sufixo nominal

São açúcares

 

      «“Todos os ingredientes que acabam em ‘ose’ são açúcares, e há uma lista extensa que encaixa nesta categoria como a glucose, a frutose, a dextrose, a maltose e a lactose”, sublinha Calgary [Avansino] num artigo publicado no início deste ano no jornal The Sunday Times» («Isto vicia tanto como cocaína», Luís Silvestre, Sábado, 29.01-4.02.2014, p. 37).

    Morno, morno: escreve-se -ose, que é como se indicam os sufixos, neste caso nominal. Na nomenclatura química, ocorre em substantivos que designam glícidos.

 

[Texto 5506]

Ortografia: «adicção»

Já foi

 

  «“Os mecanismos associados ao vício da comida são muito semelhantes aos dos dependentes do jogo, do sexo ou dos viciados em drogas”, defende Ana Pinto-Coelho, especialista em adições» («Isto vicia tanto como cocaína», Luís Silvestre, Sábado, 29.01-4.02.2014, p. 40).

  «Especialista em adições» há-de ser sinónimo de «contabilista», não? Mas no perfil do Google+ lê-se que é «conselheira em dependências químicas e comportamentais». Caro Luís Silvestre, à dependência do consumo regular de determinada substância dá-se o nome de adicção.

 

[Texto 5505] 

«Precursor/percursor»

Por pouco

 

    «Ágata Roquette diz que estes produtos com proteínas [carne, lacticínios, ovos, leguminosas] têm outro efeito: “São fontes de triptofano, que é um aminoácido percursor da serotonina, uma das hormonas do prazer.” Essa é uma das chaves para evitar outros alimentos mais calóricos, sobretudo quem quer fazer dieta para emagrecer» («Isto vicia tanto como cocaína», Luís Silvestre, Sábado, 29.01-4.02.2014, pp. 39-40).

   «Percursor»? Errado. É bem certo que não encontrarmos a acepção nos dicionários — no Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora, por exemplo, não está — ajuda muito. Neste sentido, é precursor: substância que precede outra substância numa via metabólica. Recomenda-se a consulta mais frequente do dicionário.

 

[Texto 5504]

Léxico: «toledo»

Entre peixes

 

    «“Que toledo!”, diziam os peixes maiores. “Impossível passar por aquele buraquinho. Só um tolo podia acreditar numa coisa dessas.”» É um excerto de uma parábola de um bispo que pouca gente conhece, e, por mim, não vão conhecer agora. Está, por exemplo, no Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora: «acto ou procedimento leviano; toleima; cisma; patetice».

 

[Texto 5502]