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Linguagista

Tradução: «petcoke»

Mais inglês

 

      No Sexta às 9 de ontem, a reportagem era sobre o petcoke — era assim que se lia nas legendas — na Gafanha da Nazaré. Vê-se escrito e traduzido das mais desvairadas formas. No LexTec, está «coque de petróleo», que será a menos má. No Público, já apareceu «petcoque»: «António Miranda, subdirector da unidade de Souselas, dá as mesmas garantias: “Isso é inteiramente falso. Só utilizamos carvão e ‘petcoque’ [derivado do petróleo de aparência semelhante ao carvão], mais nada. E utilizamos isto há muitos anos”» («Habitantes de Souselas manifestam-se no Parlamento», Aníbal Rodrigues, Público, 5.02.2003, p. 26).

 

[Texto 5515]

«Andar ao tio ao tio»

Um pouco esquecida

 

      Há quanto tempo não ouvia nem lia esta expressão... Anda aí em livros: «O Costa ourives tem carro, tem vivenda e não tem de andar ao tio ao tio para comprar semente» (Sua Excelência, Luís de Sttau Monteiro. Lisboa: Edições Ática, 1971, p. 26). Não anda é em dicionários. Pelo menos o Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora não a regista, o que é uma boa forma de entrar no esquecimento.

 

[Texto 5514]

Sobre «ovarina»

Não só de Ovar

 

      «Neste espaço, além de fotografias, postais, gravuras, esculturas em [sic] cerâmica, literatura e recortes de jornal sobre as varinas, os visitantes vão poder ver e ouvir em vídeo excertos dos testemunhos de cinco peixeiras, com idades próximas dos 80 anos, residentes nos bairros da Madragoa, Alfama e Mouraria. São descendentes das gerações de ovarinas vindas do litoral de Aveiro no início do século XIX, sobretudo do concelho de Ovar, para acompanhar os maridos pescadores. Com o tempo caiu a letra que as ligava às raízes» («Varinas. Ó freguesa, venha cá ver as embaixadoras de Lisboa», Marisa Soares, Público, 31.01.2015, p. 14).

      Nem sempre nos ocorre que «varina» vem de «ovarina», mas assim é, embora muitas não tivessem essa origem, como se afirma no artigo.

 

[Texto 5513]