Os valores do x
«O antigo director do Fundo Monetário Internacional e ex-favorito dos socialistas franceses para candidato às presidenciais de 2012, Dominique Strauss-Kahn, começou ontem a ser julgado por “proxenetismo agravado em reunião”, naquilo que a defesa descreve como “soirées libertinas” e a acusação chama “orgias com prostitutas”» («As “soirées libertinas” de Strauss-Kahn em tribunal», Público, 3.02.2015, p. 27).
Proxeneta, proxenetismo (e, quem sabe, proxenético) são palavras que se ouvirão muito por estes dias. Dantes, eram sempre proferidas como se o x valesse ks; agora — ainda ontem Paulo Dentinho, no Telejornal, pronunciou como se x valesse ch — é como calha (como em tantas outras matérias), ora ch ora ks. E a verdade, que não vou escamotear, é que o Dicionário Houaiss assegura que pode ser de ambas as formas, o que, se for erro, não é o único deste dicionário. Já Rebelo Gonçalves, no seu Vocabulário da Língua Portuguesa, regista apenas a pronúncia como ks, que é como eu sempre pronunciei estas palavras.
[Texto 5522]