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Linguagista

«Oficial-às-ordens», mas «oficial de dia»?

Temos de ver isso

 

      «O rei e a rainha D. Amélia são acompanhados pelo então ministro dos Estrangeiros, Roma du Bocage; fazia também parte do séquito o conde de Sabugosa, mordomo-mor; o marquês do Faial, camarista; D. Fernando de Serpa Pimentel, ajudante-de-campo; visconde de Asseca, oficial-às-ordens; marquês de Lavradio, secretário particular; conde de Mafra, médico da Real Câmara; António Bandeira, secretário do ministro dos Negócios Estrangeiros» (O Marquês de Soveral, Seu Tempo e Seu Modo, Paulo Lowndes Marques. Alfragide: Texto Editores, 2009, pp. 227-28).

      É também assim que o Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora regista, com hífenes, embora se veja muito mais vezes sem hífenes. E que semelhança se pode estabelecer com «oficial de dia», que o mesmo dicionário regista sem hífenes? Não tenho aqui o meu exemplar do Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo Gonçalves, para o comprovar.

 

[Texto 5539]

Título do dia

Dispensamos invenções destas

 

      «Roménia colocou a nu fragilidades de Portugal» (David Andrade, Público, 8.02.2015, p. 48). Não estraguem, já existe melhor: «Mas uma coisa é contestar a validade duma ordem verbal que perdeu a significação, e pôr a nu as contradições da própria literatura onde essa insignificação se tornou lei, e outra negar à linguagem a sua finalidade social, e à poesia o seu dom de comunicação» (Diário, vols. IX a XII, Miguel Torga. Alfragide: Publicações Dom Quixote, 2011, p. 139).

 

[Texto 5538]

Provedor do «Público»

Finalmente

 

      O provedor do leitor do Público encontrou, finalmente, o seu caminho. Agora só tem de segui-lo: «Efectivamente não consultei o dicionário de José Pedro Machado. Consultei outros de uso corrente. Referi o Livro de Estilo do PÚBLICO para simplesmente aduzir uma explicação pelo facto de os jornalistas do PÚBLICO utilizarem a palavra “Corão”. Melhor seria, pelo menos mais aconselhável, reconheço, deixar esta discussão para os linguistas. Desculpe-me, mas não vou ter a pretensão de mandar corrigir o Livro de Estilo do PÚBLICO. Vou ter maior cuidado, isso sim, de quando aparecerem estes diferendos linguísticos deixar para os especialistas o seu tratamento. E não ser tão rápido a responder» (Público, 8.02.2015, p. 53).

 

[Texto 5537]