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Linguagista

Léxico: «chumbeira»

Também é nossa

 

      Em Camilo, há algumas chumbeiras, redes de pesca cónicas, com um peso de chumbo — pois, tinha de ser — no vértice; em Aquilino, também há chumbeiras, destas e os estojos em que o caçador leva o chumbo. Agora, porém, vejo outra acepção, registada em poucos dicionários: espingarda de caça. José Pedro Machado regista-a no Grande Dicionário da Língua Portuguesa. Ao que parece, no Brasil é acepção de uso corrente.

 

[Texto 5545]

Não confundam «área/ária»

Mas confundem

 

   Ainda ontem (como eu gosto destas coincidências ou conjunções!), quando fui, ao almoço, buscar a minha filha à escola (sim, como se estivéssemos, tem esse privilégio, numa aldeia ou vilazinha), falámos das homófonas (homónimas homógrafas, no caso) «área» e «ária», entre outras. E ela, que tem apenas 7 anos, compreendeu tudo. Agora, numa obra, fala-se em «áreas famosas da ópera».

 

[Texto 5543]

Léxico: «voga» e «proa»

Todos incompletos

 

      O autor escreve que praticava remo na juventude. «Eu era o proa, ou seja, o último remador junto à ponta do barco, e o X, que referi atrás, era o voga, isto é, o que comandava a remada.» Quanto a voga, o Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora não falha: «remador que se encontra à ré e que marca o ritmo da remada». Já quanto a proa, este dicionário não regista a acepção. Proa ou proeiro é o remador da proa de embarcação miúda (como o Dicionário Houaiss regista). É verdade que naquele dicionário encontramos a voz «proeiro», mas não nesta acepção.

      Ainda me lembro do meu entusiasmo quando, há muito, encontrei no dicionário o verbo ciar, remar em sentido contrário para retroceder.

 

[Texto 5542]