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Linguagista

Como se escreve por aí

Só visto

 

      «A colheita [da azeitona com que se faz o azeite Quinta da Covela] foi feita à mão e, após as vindimas, as azeitonas processadas a baixas temperaturas» («Novos azeites no Douro», «Notícias Magazine»/Diário de Notícias, 15.02.2015, p. 10).

      Se percebi bem, o autor do texto dá o nome de vindima à apanha da azeitona, é isso? Valha-nos Deus.

 

[Texto 5573]

Léxico: «aerógrafo»

Está na cara

 

   «A nova técnica de maquilhagem através [sic] do aerógrafo (compressor que pulveriza a maquilhagem em camadas ultrafinas, que conferem um efeito muito natural, sem marcas nem excessos) permite não só a criação de um look sofisticado para festas como é ideal para efeitos especiais, proporcionado [sic] disfarces muito originais e criativos» («Carnaval: está na cara», «Notícias Magazine»/Diário de Notícias, 15.02.2015, p. 62).

 

[Texto 5572]

«Cristãos coptos»

Temos isso e mais

 

      A comunicação social do país vizinho fala hoje (acabei de o ouvir agora na melhor rádio da Península Ibérica, a Cadena SER) nos «21 cristianos coptos egipcios» assassinados pelo Estado Islâmico. Também nós o podíamos dizer, «cristãos coptos», porque além de «copta», adjectivo e substantivo comum de dois géneros, temos «copto(a)».

 

[Texto 5571]

«Casulas», de novo

E das casulas

 

      «Cascas ou casulas. Feijão colhido ainda tenro, na vagem, que se põe a secar ao sol durante vários dias. Este processo permite que o feijão e a sua vagem possam ser consumidos no inverno. Na véspera de o usar deve ser posto de molho» («Cascas ou casulas», Adriana Freire, «Notícias Magazine»/Diário de Notícias, 15.02.2015, p. 53).

      Como já tínhamos falado aqui de casulas, que, na altura, não figurava no Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora. Por sugestão minha, regista-o agora.

 

[Texto 5570]

«Butelo», de novo

Como já tínhamos falado de butelo

 

      «Butelo. É um enchido oriundo do Nordeste Transmontano feito com os ossos e a carne de suã (espinhaço do porco) e, por vezes, também com o rabo do porco. A carne fica vários dias em vinha-d’alhos, a que se acrescenta mais ou menos colorau, conforme a região. É com este preparado que se enche o bucho ou a bexiga do porco, na altura da matança. Também é conhecido por palaio ou bulho. É no Carnaval que se comem os últimos butelos» («Butelo», Adriana Freire, «Notícias Magazine»/Diário de Notícias, 15.02.2015, p. 53).

      No Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora, está, mais singelamente, assim: «enchido transmontano feito com os ossos e as cartilagens das costelas e das vértebras do porco, geralmente misturados com sal, alho e louro; bulho».

 

[Texto 5569]

«Raba», de novo

Não há fome que não dê em fartura

 

      Outra coincidência: na sexta-feira, falei aqui das rabas. Eis que ontem: «Raba. É uma raiz resultante do cruzamento de uma couve com o nabo. Cultiva-se em algumas regiões de Trás-os-Montes e é usada para alimentar os animais. De aspeto semelhante ao nabo, algumas chegam a pesar um quilo» («Raba», Adriana Freire, «Notícias Magazine»/Diário de Notícias, 15.02.2015, p. 53).

 

[Texto 5568]