Tempos e regência verbal
Um certo convite
Recebi agora mesmo um convite para assistir a uma conversa sobre a obra A Noite mais Longa, de Miguel Pinheiro, publicado pela Esfera dos Livros. «Na noite de 6 de agosto de 1968», pode ler-se nele, «aqui, em Cascais, houve um evento que chamou a atenção das mais altas figuras do estado [sic]. Um evento que “antecipou” as alterações profundas que a sociedade portuguesa assistiu, pois quisera o destino traçar que nesses dias se anunciava o princípio do fim do regime com a decadência física de Salazar.» Tempos e regência verbal são apenas dois dos calcanhares de Aquiles de muitos falantes (e dir-se-ia, mas estaríamos enganados, porque estamos a falar de bípedes, que não têm mais), mesmo dos que trabalham com livros.
[Texto 5602]