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Linguagista

«Motivo/razão por que»

Já que insiste

 

      Investigador? Professor universitário? Crítico musical? Se for tão competente na sua profissão como o é na gramática, estamos conversados. «Estão explicados», escreveu, «em todo o seu esplendor, os motivos porque não sabe do que fala quando menciona Bach, Ortiz ou Palestrina.» Aprenda: é motivos por que, que é a preposição por seguida do pronome relativo que. Quanto ao mais, é óbvio que se trata de mais um psicopata atrás do ecrã e da cobardia do anonimato. Vejamos: sobre Ortiz, escrevi o que se lê aqui, ou seja, uma simples dúvida sobre a ortografia de uma palavra; sobre Bach, escrevi isto, mais uma vez uma questão sobre uma palavra, e isto, que deve ter desencadeado tudo; sobre Palestrina, escrevi somente este comentário, uma vez mais (não estamos no Linguagista?) sobre uma palavra, mas — veja-se bem — com a parte factual confirmada em várias fontes, e nomeadamente na Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, volume XX, p. 80.

 

[Texto 5644]

«Sound bite/soundbyte»

Sim, não se meta nisso

 

      «Um outro leitor chama a atenção do “erro” em que persistem alguns colunistas do PÚBLICO (e dá exemplos) na utilização
 do termo “soundbyte”, que não existe. Provavelmente querem dizer “sound bite”, que, à letra, quer dizer, “dentada de som” ou “naco de som”. Consultem o dicionário de Marriam-Webster» (Correio leitor/provedor, Público, 8.03.2015, p. 53). Eu já chamei a atenção para o erro há muitos anos, aqui. O provedor (que já tinha prometido não se meter nestas questões), porém, tem dúvidas, e por isso escreve a palavra «erro» entre aspas. No Público, a última vez que se viu o erro foi na edição do dia 1 de Março, e logo duas vezes: na crónica de Manuel Carvalho (p. 21), «O problema de António Costa é bem mais fundo do que um soundbyte», e na crónica de Paulo Trigo Pereira (p. 27), «Por favor analisem 
a realidade e evitem
os soundbytes políticos».

 

[Texto 5643]

«Concelho/conselho»

Homem, veja lá isso

 

   Então aqui o nosso autor acha que é, e escreve, «concelho de administração» para aqui, «concelho de administração» para ali. Por vezes, reminiscência de algum curso de escrita criativa, varia: «concelho administrativo» para aqui, «concelho administrativo» para ali. Grande observador da realidade e dos dicionários...

 

[Texto 5642]

Toscana

Sempre virgens

 

    Eu não digo que há sempre pior? Ontem, vi o filme Eu e Tu, de Bertolucci, e, nas legendas em português, lia-se «Tuscânia». Aqui deixamos os desparabéns ao tradutor. Surpreendente foi apenas a versão italiana de Space Oddity, de David Bowie, que desconhecia. Ragazzo solo, ragazza sola.

 

[Texto 5641]