À quinta
«O texto que dediquei na quinta-feira ao Observatório Sobre Crises e Alternativas deu origem a inúmeras reacções, entre as quais um texto de Francisco Louçã no blogue Tudo Menos Economia e um artigo
de opinião assinado por quatro investigadores do Observatório Sobre Crises, com Carvalho da Silva como primeiro subscritor. […] O objectivo era mesmo denunciar o Observatório Sobre Crises e Alternativas e sublinhar a homérica vergonha que é andar a chamar “investigação científica” ao mais puro combate ideológico. […] Ora, é isto que acontece no Observatório Sobre Crises. […] Só que o Boletim n.º 13 do Observatório Sobre Crises não faz nada disso.
O que ele faz é ir acrescentando aos números oficiais camadas de alegados desempregados, não-empregados, mal empregados
e subempregados, chegando ao ponto inconcebível de engordar
o desemprego com os emigrantes em idade activa. Isto é aceitável para alguém? Pelos vistos, sim: é aceitável para o CES e para o Observatório sobre Crises» («O Clube dos Extremistas Sociais», João Miguel Tavares, Público, 7.04.2015, p. 48).
À quinta acertou. Alguém tem de rever o uso das maiúsculas e das minúsculas no títulos, matéria muito mal sabida. Mas tem razão, ao que me parece, no principal, e isso é que interessa: «Basta, aliás, olhar para os títulos dos seus boletins para mergulharmos de cabeça na pseudociência: “Segurança Social: a austeridade põe as pensões em risco” (Boletim n.º 10), “Orçamento para 2015: mais custos para pior Estado” (n.º 11), “O salário mínimo: a decência não é um custo” (n.º 12). Se isto é linguagem académica, então eu vou compilar os meus textos do PÚBLICO e chamar-lhes uma [sic] tese de doutoramento.»
[Texto 5734]