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Linguagista

Léxico: lapiás/lapiaz»

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      Passei, esta tarde, pela Ponte de Santa Marta e um zumbido obrigou-me a olhar para cima: um drone, branco e não muito pequeno. Pronto, é o brinquedo da moda. Não é disso, contudo, que pretendo falar, mas sim de lapiás. O Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora só regista a grafia lapiaz, mas o Dicionário de Português-Inglês da mesma editora já regista lapiás. Enfim, incongruências.

 

[Texto 5772]

Léxico: «(ma)zione»

Mau trabalho

 

     «[Mário Macilau] Destacou-se na BES Photo de 2011 e tornou-se conhecido por retratar, em imagens documentais, cruas mas poéticas, povos esquecidos como os Maziones da sua terra natal, Moçambique, ou a comunidade de Makoko, em Lagos, na Nigéria» («Mário Macilau, um olhar moçambicano no Alentejo», Rita Bertrand, «GPS»/Sábado, 16.04.2015, p. 41).

   «Povos esquecidos»? Isso é conhecimento pegado com cuspo. Vejamos. Em 1896, J. Dowie fundou a Christian Apostolic Catholic Church, do ramo do pentecostalismo, na cidade norte-americana de Zion, Ilinóis. Daqui, logo no início do século XX, estendeu-se para a África Austral. No período colonial, mineiros e outros trabalhadores moçambicanos migrantes levaram este conjunto de crenças, de natureza sincrética, da África do Sul para Moçambique, onde o termo foi bantuizado para (ma)zione (zionista).

 

[Texto 5771]

Interjeições à maluca

Português não é

 

      «Lembro-me do entusiasmo do início — “Eish, consigo jogar Age of Empires online no computador e na sala!” foi das primeiras reacções que tive, até que tentei ir para o quarto. Catástrofe» («Tenha wi-fi onde nunca teve», Diogo Lopes, «GPS»/Sábado, 16.04.2015, p. 5).

   Com que então, Diogo Lopes, «eish», hem? Isso é o quê, uma interjeição sul-africana?

 

[Texto 5770]