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Linguagista

«Avenca», «adianto»

Muitos nomes

 

      «“Vamos descer”, informa Andreia, enquanto distribui alguns guias de campo para os alunos poderem explorar melhor a natureza do local. No curto areal, e de costas voltadas para o mar, observam as escorrências de água doce nas arribas calcárias onde, nas fendas mais húmidas e sombrias, cresce uma planta que dá o nome à praia — a avenca (Adiantum capillus-veneris), uma espécie de feto» («Há um mundo de pequenos seres escondido na praia das Avencas», Sara Ferreira, Público, 2.05.2015, p. 14).

      Como em tantos outros vocábulos, lá está o a protético, porque em latim é vinca. Do nome científico, também temos adianto e avenca-cabelo-de-vénus. A tia Vitória, no Primo Basílio, «ia, vinha, cochichava, gesticulava, fazia tilintar dinheiro, tirando a cada momento da algibeira rebuçados de avenca para o catarro». Em Aquilino também há rebuçados de avenca, mas em Aquilino encontramos todas as palavras da língua portuguesa; o seu equivalente no Brasil é Pedro Nava, dono de um léxico ímpar.

 

[Texto 5812]

«Elvar, elixir, eldorado»

Desconhecidas dos dicionários

 

      «O INIAV [Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária] de Elvas criou três variedades tradicionais específicas (elvar, elixir e eldorado) que se adaptam ao Mediterrâneo, região onde “chove quando não faz falta e quando a temperatura sobe, sobe muito”, detalha Benvindo Maçãs» («Franceses compram em Portugal variedade única de grão-de-bico», Ana Rute Silva, Público, 2.05.2015, p. 20).

      É pena é os dicionários não acolherem estes nomes, com o que se perdem conhecimentos. E lá está o «detalha», agora em grande voga, sobretudo na rádio.

 

[Texto 5811]