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Linguagista

Léxico: «destro/dextro»

Inventar erros

 

      «Olha, Joana, é curioso, porque destro escreve-se com s, portanto a resposta correcta é a alínea b, destra porque se trata do feminino, também com s, claro, mas o curioso é que esta palavra provém do latim dextro, com x em latim» (Sandra Duarte Tavares, Pontapés na Gramática, na Antena 3, 1.05.2015).

  Não é assim, está errado: não são poucos os estudiosos (e dicionaristas, como José Pedro Machado, por exemplo) que acolhem o vocábulo, variante, dextro. Eu próprio nunca uso destro. Está presente em muitos compostos e mesmo numa expressão, à dextra, que se vê em muitos sermões, do P.e António Vieira e de outros. Podia dizer muito mais, mas só digo isto: pobres alunos.

 

[Texto 5819]

Sobre «eufónico»

A sério? Existe mesmo? Incrível!

 

      «Olha, Joana, tu sabes que, por mais incrível que pareça, essa palavra existe?» (Sandra Duarte Tavares, Pontapés na Gramática, na Antena 3, 29.04.2015).

 

[Texto 5819]

«Toxidade/toxicidade»

Mais um pontapé

 

   «Muitas vezes nós comemos uma sílaba. Acontece também com toxidade, não é?, em vez de toxicidade; em vez de toxicidade dizemos toxidade; em vez de empreendedorismo dizemos empreendorismo» (Sandra Duarte Tavares, Pontapés na Gramática, na Antena 3, 28.04.2015).

   Já que pergunta, não, não é: temos toxicidade e, por haplologia, toxidade. Em alguns casos, como já vimos, foi mesmo o termo haplológico que sobreviveu: não se diz, por exemplo, bondadoso, mas bondoso. Outra coisa é dizermos que toxicidade é preferível a toxidade e toxidez.

 

[Texto 5818]