Uma definição para rever
«“Queríamos que depois da intervenção os azulejos fossem aplicados na parede exactamente da forma original”, conta [a directora do Museu Nacional do Azulejo, Maria Antónia Matos], explicando que a solução encontrada foi aplicar os azulejos sobre placas de um material usado no fabrico de aviões, o aerolame, que foi sobreposto em caixas-de-ar. Assim, a humidade chega à caixa-de-ar, mas não ao azulejo, que, embora pareça, não está colocado na parede» («“O azulejo não parou no tempo, o azulejo renova-se todos os dias”», Cláudia Lima Carvalho, Público, 25.05.2015, p. 29).
Caixa-de-ar, com hífenes (mas caixa-d’água). Está certíssimo. No Dicionário Houaiss, contudo, está sem hífenes. Agora repare-se na definição do Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora: «espaço entre o solo e o vigamento de um edifício». Para mim, e o conceito do artigo não é muito diferente, este espaço era entre os dois panos de uma parede, e não entre o solo e o soalho. Quanto a «aerolame», foi a primeira vez que a vi.
[Texto 5893]