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Linguagista

Léxico: «crol»

Nunca tinha visto

 

   Eu já sabia que crawl estava aportuguesado em crol em alguns dicionários. E já tinha visto alguém usar? Pois, isso não. «Provoca vários efeitos positivos quando se nada crol com o tubo e isso sente-se quando se coloca o tubo» («Nada com um tubo mais rápido», Sport Life, n.º 158, Maio de 2015, p. 69). E se uma revista assim, apenas sobre desporto, usa a palavra aportuguesada, os mais renitentes ficam mais convencidos.

 

[Texto 5919]

«Nada nem ninguém»

Parece soma, mas não

 

   «Está de dieta? Esqueça. Depois de conhecer a Nut, nada nem ninguém vão conseguir mantê-lo afastado das delícias que ali se fazem» («Prazer irresistível», Maria João Lima, Marketeer, n.º 226, Maio de 2015, p. 130).

  Porquê o verbo no plural? «Depois de conhecer a Nut, nada nem ninguém vai conseguir mantê-lo afastado das delícias que ali se fazem.» Já aqui tínhamos visto um caso mais intrincado.

 

[Texto 5918]

Ortografia: «omíada»

Muito parecido

 

      «E, entre irmãos mais novos, e um tio, prosseguem o percurso dentro do templo, para a sala seguinte, de abóbada muito alta, onde está um túmulo coberto por mais cetins cheios de nós. Eis a última morada de Adi Ibn Musafir, um sheikh do século XII, descendente do califa omeída, que nasceu no Líbano, junto aos belos templos de Baalbek e veio morrer aqui, depois de passar parte da vida em Bagdad» («O lugar sagrado dos yazidis sobrevive à guerra do “Estado Islâmico”», Alexandra Lucas Pires, Público, 29.05.2015, p. 27).

      «Califa omeída»? Não. Califa omíada. E é óbvio que Adi Ibn Musafir era xeque e não sheikh.

 

[Texto 5917]