Léxico: «vexilologia»
É a nossa bandeira: muito cuidado
«A legislação sobre a bandeira nacional é mal conhecida (e incompleta), bem assim como as regras gerais da vexilologia. A resolução da AR 73/2006 (e sua rectificação) estabelece uma “bandeira da AR” que é universalmente insólita e que contraria a lei geral que regula o hastear da bandeira nacional nos edifícios públicos. Não há bandeiras nacionais antes do séc. XVII, até então usavam-se as bandeiras, pendões e flâmulas pessoais e das ordens. Actualmente há bandeiras e galhardetes pessoais, que indicam a presença da entidade (PR, ministros, chefes militares...), e colectivos (autarquias, associações, regiões...). O presidente da AR e os seus membros podem decidir usar uma bandeira ou um galhardete pessoal, mas não devem substituir a bandeira nacional em São Bento. Em todos os edifícios públicos e nos portos e aeroportos, devem içar-se em lugar de destaque a bandeira nacional, como acontece na generalidade dos países civilizados. Deve ser isenta de inscrições ou de uso desprestigiante e deve ser construída nas proporções adequadas e mantida em bom estado de conservação» («Bandeira nacional», secção «Cartas à directora», J. Carvalho, Público, 1.06.2015, p. 44).
Para quem não sabia, fica a saber: a vexilologia é a disciplina que se dedica ao estudo da história e da simbologia das bandeiras e estandartes. Ah, sim, mais vale prevenir: o x vale aqui cs, como, por exemplo, em «obnóxio» (mas aqui ouvimos, com espanto e incredulidade, Clara Ferreira Alves pronunciar /obnóchia/. Não, não foi na década de 70, foi no ano passado: O Que fica do Que Passa, Canal Q, 31.01.2014). Também temos uma bandeira: com palavras menos vulgares, muito cuidado com a ortografia e a pronúncia.
[Texto 5934]