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Linguagista

Ortografia: «amarelo-ascastanhado»

Trocam os hífenes

 

      «O que mais custou a Paula Pearson foi a falta do verde. Ela arrumou as mangueiras em Abril, quando o governador da Califórnia, Jerry Brown, anunciou que entravam em vigor medidas excepcionais para a poupança de água e deixou que o seu relvado secasse e se transformasse num triste amarelo acastanhado. […] “Vou ter de pôr um cartaz a dizer que o meu jardim está pintado, senão os meus vizinhos pensam que eu continuo a regar todos os dias e vão denunciar-me”, disse a moradora de Escondido, nos arredores de San Diego, com um sorriso de orelha a orelha ao ver o verde-brilhante regressar ao seu relvado, depois de pintado com a tinta da Lawnlift» («Quando há seca na Califórnia, a solução é pintar o relvado de verde», Clara Barata, Público, 8.06.2015, p. 24).

 

[Texto 5952]

Serviço público

Para brutos, em bruto

 

     A criança, disse a testemunha à reporter da RTP1, «já estava em certidão de óbito». Ocorrem-me várias perguntas, mas deixo duas. Não podiam editar as peças antes de as lançarem cá para fora? Porquê esta insistência reiterada na asneira?

 

[Texto 5951]

Ortografia: «câimbra»

Acento circunflexo, não til

 

  «Já preenchi cinco páginas. Uma fatia de uma árvore, mas nenhuma electricidade. Preciso parar. Tenho cãimbras nas mãos e o esforço é inconsequente. O “a” e o “z” já são uma coisa só. Sinto saudades do computador» («O velho e bom hábito de escrever à mão», Ricardo Garcia, Público, 8.06.2015, p. 10).

   Já aqui vimos que as variantes são cãibra, cambra e, ao que parece apenas usada no Brasil, câimbra, não *cãimbra. Percebe-se o erro: como a forma mais usada tem til, quem escreve acha que naturalmente a outra variante também o tem.

 

[Texto 5950]