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Linguagista

«Autor/escritor»

Escritor é o que paga impostos

 

   No Telejornal de ontem, Teresa Nicolau foi saber que sugestões de leitura fazia o colega António Esteves. Três livros: 1. O Velho e o Mar, de Hemingway (na mão do jornalista, a tradução de Jorge de Sena); 2. O Príncipe, de Maquiavel (na mão do jornalista, a tradução de Carlos Soveral); 3. O Fracasso do Amor, de António Esteves, que não é um homónimo, mas ele próprio. Não, não lhe fica mal: são livros, não telemóveis, electrodomésticos ou batatas. «Olhando para António Esteves, também olhamos para um escritor, não é?», pergunta a colega. «Para um autor literário. Eu acho que escritor é alguém que tem uma obra, que já teve influência...» É distinção, não apenas ditada pela modéstia, que não me soa. «Escritor é, portanto, a entidade pessoal, física e psíquica, enquanto autor é o escritor transmudado, quando, “manipulando sabiamente a língua, pratica uma espécie de feitiçaria”, no dizer de Théophile Gautier, citado por [Philippe] Willemart» (Guimarães Rosa: Magma e Gênese da Obra, Maria Célia Leonel. São Paulo: Editora UNESP, 2000, p. 68).

 

[Texto 6155]

«Alba/alva»

Beter bekend als Alva

 

   Das cantigas de amigo ficou-nos o conhecimento dos sinónimos, provenientes já da lírica provençal, alba e alva. Também Fernando Álvarez de Toledo y Pimentel era duque de Alba ou de Alva. Esta forma, porém, só era usada nos Países Baixos. Fernando Álvarez de Toledo y Pimentel (beter bekend als Alva)... 

 

[Texto 6154]

Tradução: «task force»

Temos muito melhor

 

    «Menos mediáticos do que [o juiz federal do Paraná] Sérgio Moro, outros nomes têm responsabilidades acrescidas 
na investigação. Na linha da frente estão o procurador Carlos Fernandes Lima, que estabelece as directrizes do Ministério Público Federal e concentra a “pasta” das delações, e o procurador Deltan Dallagnol, o coordenador da “força-tarefa” (a designação dos brasileiros para task force) da Lava Jato em Curitiba» («Sérgio Moro, o juiz de Curitiba que tem o futuro do Brasil nas mãos», Rita Siza, Público, 9.08.2015, p. 31).

    Sim, os Brasileiros usam «força-tarefa», que, embora melhor do que usar o termo inglês, não é nenhum primor, bem longe disso. Mais português é como se lê no Dicionário de Inglês-Português da Porto Editora: grupo de trabalho; força operacional. E certamente, como é habitual, se encontrarão outras traduções ditadas pelo contexto.

 

[Texto 6153]