Sherlock Holmes
«Y sin embargo, Sherlock Holmes ha tenido multitud de rostros en el cine y la televisión. Desde que John Barrymore le dio vida en una producción de 1922, no ha dejado de aparecer en pantalla. Y cada nueva encarnación del sabueso de Baker Street ha mostrado a un personaje distinto, un detective nuevo, arrancado de la imaginación de sir Arthur Conan Doyle para convertirse en un retrato de su propia época» («La pasión según Sherlock Holmes», Santiago Roncagliolo, El País em linha, 14.08.2015).
Para o Dicionário de Espanhol-Português da Porto Editora (edição em linha), sabueso é apenas «(cão) sabujo». Não chega. Podemos chamar-lhe misógino ou o que quisermos, mas Sherlock Holmes não é um cão. Problema nosso, se não tivermos outro dicionário nem conhecermos a língua, mas culpa dos dicionaristas. É uma das acepções do vocábulo castelhano. A primeira, e principal, é «perquisidor, que sabe indagar, que olfatea, descubre, sigue o averigua los hechos». Assim é Sherlock Holmes. Se consultarmos agora o Dicionário de Língua Portuguesa da Porto Editora, que encontramos? Que sabujo é «1. cão de montaria; 2. figurado indivíduo servil, bajulador; capacho; lambe-botas». Ou seja, não temos a principal acepção da língua castelhana. Sabueso e sabujo provêm do mesmo étimo, o latino segusĭus [canis].
[Texto 6171]