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Linguagista

Alcácer Quibir e Alcácer Ceguer

Agora é quase sempre assim

 

      «Ceuta permanecerá isolada até à conquista de Alcácer Ceguer, em 1458. Seguem-se Arzila e Tânger, em 1471. Em 1502 os portugueses instalam-se em Mazagão. Mas, por esta altura, Ceuta era já “uma peça indiscutivelmente menor de um império que se foi construindo ao longo dos anos, espalhado por três continentes”, como escreveu Paulo Drumond Braga. Marrocos perde prioridade para as riquezas da Índia e, logo depois, do Brasil. Alcácer-Ceguer e Arzila são abandonadas em 1549/1550. D. Sebastião ainda tenta recuperar a aura das conquistas em África de D. João I, D. Duarte e essencialmente de D. Afonso V. Mas o seu sonho esboroa-se em 1578 em Alcácer-Quibir» («O dia em que Portugal deu o salto para o mundo», Manuel Carvalho, Público, p. 6).

      Em relação ao primeiro topónimo, o jornalista tem dúvidas, pois grafa-o ora sem hífen ora com hífen. Não leva hífen: Alcácer Ceguer. Em relação ao segundo, não sabemos se tem dúvidas, mas escreve-o mal: é Alcácer Quibir (ou Quivir). Poucas vezes, essa é a verdade, se vê este último sem hífen.

 

[Texto 6188]

Abrir sem arrombar

Menos violência

 

      «Mas as portas lá em casa tinham aquelas maçanetas com um botão no meio e aprendi a arrombá-las facilmente com um gancho» (A Minha História com Bob, James Bowen. Tradução de Ana Lourenço. Porto: Porto Editora, 1.ª ed., reimpressão de 2015, p. 29).

    No original está to pick, que é mais abrir do que arrombar, que envolve alguma violência e estrago. «I learned to pick them really easily with a Bobby pin.» Ganchos há muitos; Bobby pin é um gancho do cabelo.

 

[Texto 6187]