«Vá, gira!»
Vá, até amanhã
Viram esta consulta ao Ciberdúvidas, ontem? Como é que uma professora de Português vê ali dois imperativos? E que é isso de «forma imperativa formal e forma imperativa informal»?
«— Vá, gira daqui, e trata de não te meteres onde não és chamado. Se eu arranjasse criada, ficavas tu sem dinheiro para o tabaco. Anda, deixa-me em paz e trata de estudar enquanto não chega o rabugento do teu pai para o almoço» (Cárcere Invisível, Francisco Costa. Lisboa: Editorial Verbo, 1972, p. 17).
De facto, vá, neste contexto e noutros semelhantes, tem valor interjectivo, a que se não liga o verbo que se segue. Encontro abonações para este uso apenas desde finais do século XIX.
[Texto 6205]