Léxico: «coquetel»
É só querermos
«Sandes e saladas somam-se a coquetéis com nomes de moumentos portuenses, entre eles o “Clérigos”» («Entre amigos com belas vistas», Maria de Oliveira, Jornal de Notícias, 29.08.2015, p. 37).
Ridículo? Nada disso. Vai-se vendo cada vez mais, até, como se sabe, em livros. Ainda há esperança. Assim: «Mais tarde, durante o café, perguntei-lhe se queria acompanhar-me ao Les Invalides para um coquetel ou champanhe, mas Land recordou-me que era obrigada a regressar ao college» (Viagem ao Fundo de Um Coração, William Boyd. Tradução de Inês Castro e revisão de texto de Maria Aida Moura. Cruz Quebrada: Casa das Letras, 2008, p. 77). Ou assim: «Enquanto a Bruna bulia para lá do balcão, a prima acomodou-se na mesa mais próxima, sozinha, boa perna traçada, joelho redondo, a sorver o seu coqueteile pela palhinha» (Primeiro as Senhoras. Relato do Último Bom Malandro, Mário Zambujal. Alfragide: Oficina do Livro, Lisboa, 3.ª ed., 2006, p. 34).
[Texto 6211]