De novo o PNL e o AO90
Deixem cá ver se percebo
«Contrariamente aos que escrevem para adultos, quase todos os autores “infanto-juvenis” consentiram na “acordização” das suas obras, para que fossem candidatas a integrar o comercial PNL e para que excertos delas pudessem figurar em manuais escolares, ou como parte de chorudos contratos celebrados pelas editoras com o Estado para a “atualização” do acervo das bibliotecas escolares» («Autores “infanto-juvenis”: colaboracionismo ortográfico?», Madalena Homem Cardoso, Público, 12.10.2015, p. 46).
Longe de mim querer ensinar o pai-nosso ao vigário (ou, atenta a preeminência e sem descurar o sexo, papisa), mas tenho de lembrar a Madalena Homem Cardoso que, para uma obra figurar no Plano Nacional de Leitura (PNL), não é condição indispensável que siga a grafia do Acordo Ortográfico de 1990. Tanto não é que o PNL integra várias que não seguem a nova ortografia. E, dado que é uma iniciativa do Governo, é também de realçar que o sítio da Internet do PNL não segue a nova ortografia.
[Texto 6314]