«Tivemos/‘tivemos/estivemos»
Vão longe
«O Papa e Davis tiveram juntos cerca de 15 minutos e conversaram sempre em inglês. “Ele agarrou a minha mão, eu abracei-o e ele também me abraçou. Eu tinha lágrimas a sair dos olhos”, disse a funcionária em entrevista à cadeia televisiva “ABC News”» (Jornal de Notícias, edição em linha, 1.10.2015).
Há gramáticas de português para estrangeiros que chamam a atenção para o verbo «estar» sofrer contracções (e não é por estar no termo), apresentando-se na oralidade, sobretudo na linguagem popular, com tempos que se podem confundir com os do verbo «ter». Mas — só faltava que não — indicam essas formas contraídas com um apóstrofo: ‘tivemos por estivemos, diferente de tivemos, do verbo «estar». Um erro assim, ainda que na versão digital, num jornal é que ultrapassa tudo o que é tolerável. E, no entanto, ainda na semana passada o encontrei num texto que revi.
[Texto 6360]