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Linguagista

Profissionais da comunicação...

Pobres ouvintes

 

      «O espírito da ciência é o de se autocorrigir» (Cosmos, Carl Sagan. Lisboa: Gradiva, s.d., p. 14). Já vimos que na nossa língua isto não se diz assim. Contudo, como é o mesmo sujeito, passa. Hoje, porém — porque há sempre pior —, um comentador político afirmava, na Antena 1, com entono doutoral, que o «Presidente da República autoexcluiu os partidos da esquerda». Que alguém nos salve.

 

[Texto 6368]

«Ponte», outra acepção

Sendo assim...

 

      Anteontem, vi parte do primeiro episódio (de seis) da série A Arte Elétrica em Portugal, de que gostei muito. Às tantas, aparece um separador e uma definição: «“Ponte” ajuste de altura das cordas». É, evidentemente, o nosso cavalete, que serve para regular as posições horizontal e vertical das cordas. Terá sido mera tradução do inglês bridge («a piece raising the strings of a musical instrument» — como se lê no Merriam-Webster), mas o certo é que vingou. Com a importação das guitarras eléctricas, nos anos 50, 60, 70, importaram-se igualmente alguns termos para designar as suas partes. Contudo, tendo em conta que é tradução, e não adaptação, e se usa, não me parece condenável e, pelo contrário, deve figurar como mais uma acepção no respectivo verbete dos dicionários.

 

[Texto 6367]