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Linguagista

Pronúncia: «Windhoek»

Africânder não é

 

      «Entre comprimentos e abraços e as boas-vindas do presidente Donald Tusk, este foi um Conselho Europeu tranquilo para António Costa» («Primeiro-ministro estreou-se num Conselho Europeu», António Esteves Martins, Telejornal, RTP1, 29.11.2015).

   Exactamente, são parónimas: têm grafia diferente, mas pronúncia muito parecida — não igual. Quando quero dizer «cumprimento», é «cumprimento» que digo; quando quero dizer «comprimento», é «comprimento» que digo. Dizermos que são parónimas não é nenhum convite a confundirmos tudo. A propósito de pronúncia: hoje, no noticiário das 7 da tarde na Antena 3, uma jornalista pronunciou o nome da capital da Namíbia assim: «Vindoeque». No tempo da Internet, é imperdoável. Em português? Escreva e pronuncie Vinduque. Ora, não tem de quê.

 

[Texto 6439]

Ortografia: «antivedeta»

Como é que pode ser?

 

   «Francisca van Dunem. A magistrada anti-vedeta» (João Manuel Rocha, Nuno Ribeiro, Mariana Oliveira, Público, 29.11.2015, p. 10). O erro vem na própria capa. Não pode ser. Até parece que na redacção não têm dicionários nem prontuários.

      «Como essa, ia eu reflectindo quando soube da sua morte, de ser na aparência o poeta antivedeta (e a minha recordação de Vinícius naquela tarde talvez sofra disso mesmo: ele a não querer ser vedeta e nós todos, afinal, a vê-lo assim» (Um Jardim em Londres, Luís Forjaz Trigueiros. Lisboa: Guimarães Editores, 1987, p. 57).

 

[Texto 6438]

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