Léxico: «atestado de quite»
Adivinhar perigos, e evitallos...
«Jorge Silva Carvalho, que há muito vinha sendo contestado dentro da maçonaria por alegadamente dar “má fama” à instituição, solicitou o “atestado de quite” em Abril de 2014, dias antes de o Tribunal de Instrução Criminal confirmar que teria de responder em juízo por alegadamente ter favorecido, através da partilha de informações classificadas, uma empresa privada — a Ongoing, onde viria a trabalhar a troco de uma remuneração mensal de 10 mil euros — enquanto ainda exercia funções na liderança do SIED» («Ex-espião deixou a loja Mozart em segredo», F. E., Sábado, 5.11.2015, p. 17).
Saiu em segredo — mas sabe-se; entrara em segredo — e soube-se. É assim. Bom é ficarmos a saber, para quando chegar a nossa vez, que ao documento em que se concede a demissão formal da maçonaria se dá o nome de atestado de quite. (Não precisava era de aspas, F. E.; em «má fama» ainda compreendo, digamos que está a passar informação que lhe deram e com a qual não se quer comprometer.)
[Texto 6378]