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Linguagista

Sobre «libélula»

Em jeito de folhas de livro

 

      «A designação de tira-olhos deu-lhe má fama, que não tem qualquer razão de existir, bem pelo contrário» («O mundo das libélulas e das libelinhas», Luís Henrique Pereira, Bom Dia[,] Portugal, 8.11.2015). Habitualmente, o que se diz é que isto ou aquilo «não tem razão de ser», não de «existir». Os verbos ser e existir não são tão intermutáveis como se julga. Quanto a libélula, é interessante ver que outro nome, libelinha, é a forma haplológica do diminutivo libelulinha. A etimologia do vocábulo é que, como sucede com tantos outros, não é clara. Escreve Botelho de Amaral: «Há um insecto chamado libelinha, e a razão deste chamadoiro adveio-lhe da disposição das asas em jeito de folhas de livro» (Meditações Críticas sôbre a Língua Portuguesa. Lisboa: Edições Gama, 1945, p. 70). Agora consultem o Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora. Pois é.

 

[Texto 6383]