«Ene»? Não será «n»?
Até mais simples
«Fiz a lei de contratação das obras públicas, para acabar com uma questão que era, de facto, escandalosíssima. Os empreiteiros pediram publicamente ao Presidente da República e ao primeiro-ministro a minha demissão, não foram por baixo. Chamaram esse decreto-lei à rectificação no Parlamento e imaginem que se meteu na cabeça daquela rapaziada inteligente que ia ser anulado, se faltassem ene deputados. Por acaso, soube disso horas antes, alinhei tudo. Estavam lá todos» (João Cravinho, entrevistado por Cristina Ferreira e Nuno Ribeiro para o Público. «Há mais sofisticação na corrupção “do que ir à gaveta ou receber o cheque”», 16.11.2015, p. 13).
É a primeira vez que vejo esta forma coloquial de nos referirmos a uma quantidade indefinida escrita desta forma; habitualmente, o que se lê — e a única que está dicionarizada — é n.
[Texto 6401]