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Linguagista

Sobre «rotura», de novo

Só para canos

 

  «Dentro da sua estratégia de defesa de rotura, dirigindo-se à procuradora-geral da República — a sua interlocutora — José Sócrates fez vários apelos para que o MP reconhecesse o erro que cometera
 ao prendê-lo: afinal, não existe nada. O processo devia ser arquivado sem deduzir acusação» («José Sócrates: “Não há factos, não há provas!”», Francisco Teixeira da Mota, Público, 18.12.2015, p. 47).

  Embora sinónimos, como já aqui expliquei uma vez, rotura e ruptura não se usam indiferentemente em todos os contextos. Assim, o primeiro é mais empregado em casos em que ocorre um rompimento físico, como o de um cano, por exemplo, ao passo que o segundo é mais usado quando estão em causa questões imateriais, intangíveis. Um bom dicionário com abonações bem seleccionadas deixaria bem claro tudo isto.

 

[Texto 6488]