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Linguagista

Como se escreve nos jornais

Língua bombardeada

 

      «Rafa Molés explica que Franco, depois do “escândalo” de Guernica, imortalizado pela pintura de Picasso, pediu à Legião Condor para não atacar civis e por isso Hitler optou por Benassal, Albocàsser, Vilar de Canes e Ares, “quatro povoações pequenas de Castellón, sem defesa, ignorantes ao que se passava. A Legião Condor nunca informou sobre que fez ali”» («A experiência nazi em Espanha um ano depois de Guernica», Beatriz Dias Coelho, Público, 25.01.2016, p. 31).

      Escrito por Beatriz Dias Coelho e editado por Isabel Salema... Como é que duas pessoas não vêem os erros? E, no entanto, quase bastava copiar: «Después del escándalo de Gernika Franco pidió a la Legión Cóndor que no atacara objetivos civiles, por eso Hitler escogió cuatro pueblos pequeños de Castellón, objetivos sin defensa, ignorantes de lo que pasaba. La Legión Cóndor no informó nunca de lo que hizo allí» (El País).

 

[Texto 6566]

«Menaissance»...

Mal-enjorcada

 

      «As influências que levam a esta nova vida do lenço de bolso, como em muitas das histórias recentes sobre a menaissance (uma expressão usada para referir o “renascimento” do homem na moda), distribuem-se tanto pela cultura popular da série Mad Men — “nenhum outro programa de televisão teve tal efeito no estilo masculino”, diz Robert Johnson, director de estilo da edição britânica da GQ numa edição recente da revista — quanto pela economia mundial e pelo clima financeiro» («Os homens que se cuidem», Inês Garcia e Joana Amaral Cardoso, Público, 24.01.2016, p. 44).

      Estas palavras... Estranhas amálgamas. Machascença? Apre! Pelo que vejo, a menaissance é muito mais do que meramente o «“renascimento” do homem na moda».

 

[Texto 6565]