«Rotura de aneurisma»
Sempre a tempo
«Na altura, na Madeira, os doentes com ruptura de aneurisma cerebral eram estabilizados e ficavam a aguardar durante dias ou mesmo semanas até serem transferidos num “avião de carreira” para o continente, onde eram então tratados, segundo confirmaram os médicos ouvidos no âmbito do processo-crime interposto pela família. […] Na Madeira, a situação mudou, entretanto, e desde há anos que há equipas de neurocirurgiões vasculares e de neurorradiologistas de intervenção preparados para tratar aneurismas cerebrais rotos (quando um aneurisma, uma zona dilatada na parede de uma artéria cerebral, rompe, causa uma hemorragia que liberta sangue para o interior do compartimento que circunda o cérebro)» («Morte por ruptura de aneurisma: oito anos para julgar dois médicos», Alexandra Campos, Público, 2.02.2016, p. 8).
Aqui, a propósito do texto sobre «roto/rompido», o leitor Gonçalo Esteves pergunta se não será antes rotura de aneurisma. Respondi que talvez, mas agora, perante este artigo cheio de «rotos» e ponderando de novo, é flagrante que o substantivo mais adequado é «rotura». Afinal, trata-se de algo físico, bem diferente, por exemplo, da ruptura de relações entre duas pessoas.
[Texto 6589]